Proponho uma reflexão. Aspiras, sabemos das atribuições inerentes ao posto que, com muito sacrifício, conquistaram. Não tiro em hipótese alguma o mérito dos senhores. Entretanto, muitos dos senhores já foram soldados antes de atingirem o oficialato e viram o quão sofrida é a luta diária de uma praça... escalas, cobranças... enfim. Sabemos que os senhores também tem dificuldades, mas é diferente. Também não estou dizendo que é mais fácil, muito pelo contrário... mas é diferente.
A gestão cabe aos oficiais e não pensem guerreiros que é uma tarefa fácil. A cobrança do alto escalão é intensa e tudo tem que transcorrer a contento, justamente para não darmos margem à sociedade, ao estado, tão pouco a mídia de questionar a ação da polícia. E mesmo tomando todos os cuidados na tomada de decisão, ainda sofremos com as retaliações externas... de indivíduos que não sabem e nem tem noção de como é complexo o nosso trabalho. Mas como é pra criticar, lá estão os carniceiros!!!
Direcionei este post aos Aspiras por julgar relevante questões como tomada de decisão e comandamento, principalmente por estarem iniciando efetivamente sua carreira no oficialato. É um contexto novo... Assim como é para aqueles que se formam na faculdade, me incluo pois me formei e sei como é, saímos com anseio de colocar o mundo no eixo e não medimos esforços para isso. Assim como é para o paisano, que é promovido ao cargo de chefia e quer a todo custo mostrar o domínio sobre sua seção e o respeito de quem a compõe. Não é uma rotina fácil, irmão... Mas é aí que as habilidades, a criticidade e o bom senso dos comandantes tem que vir a tona, para que o comandamento seja respaldado numa decisão acertada.
Os senhores tem sim que procurar melhorar a sociedade, proporcionando a segurança que é direito de todos e NOSSO dever. Assim como tem que mostrar que são capazes de gerir uma tropa com eficiência e de deter o respeito de seus comandados. Mas para isso, sugiro que reflitam.
Diante do que foi exposto, quando forem tomar uma decisão ou dar uma ordem para seus comandados, não é porque alguns dos senhores tiveram comandantes engessados e/ou extremistas na época de praça, que os senhores tem que fazer da mesma maneira. O tempo está aí para evoluírmos como pessoas... e por que não, como profissionais?