terça-feira, 6 de novembro de 2012

NOVOS ARES



O que seria da instituição se não fossem as transferências? Aos críticos de plantão, não me interpretem mal. Continuem a leitura e procurem entender o que estou querendo abordar. Blz? Mas como ia dizendo... acredito que a transferência, sendo ela A Comando ou A Pedido, seja uma maneira de proporcionar ao militar novos desafios, novos ares. Eu acredito nisso! Mas dependendo da situação, pode não ser bem assim... vou tentar explicar melhor.

Um guerreiro que está trabalhando há tempos num batalhão e já passou por várias seções, chega uma hora que aquele serviço se torna mecânico e isso pode acarretar em quê? Numa redução da produtividade ou até mesmo, num desânimo em ter que sair de casa e saber que realizará as mesmas tarefas. Não tem jeito, por mais que você curta o serviço, chega uma hora que você precisa de novos desafios, novas perspectivas. E é aí que entra a salvadora Transferência. O guerreiro arruma um companheiro (interessado na permuta), ambos requisitam suas intenções em seus respectivos batalhões e, tudo estando a contento, a publicação é feita.

Mas tem situações, principalmente quando é A Comando, a transferência não se torna uma aliada para a carreira. Pelo menos para a carreira que esperava pra si. Quando ocorre isso? Quando o comando decide transferir o militar para um batalhão ou companhia que não seja do interesse do militar. Aí a coisa complica... Mas tem aquela máxima: O militar tem que estar em condições de atuar em todo o estado. Fizemos o concurso sabendo disso. Embora vale salientar que, sempre que possível, a Instituição procura alocar na área de interesse do militar. Mas, há momentos em que não há essa possibilidade. Não adianta tapar o sol com a peneira... nem sempre dá para agradar a todos. Sabemos disso... e como! Entretanto, quando o comando procura saber dos interesses de seus militares, a transferência por necessidade de serviço (a comando) ocorre de maneira satisfatória para as partes, tanto para a Instituição que precisa de um guerreiro numa determinada região, quanto para o militar que procura novas perspectivas profissionais. 

É fundamental que essa ferramenta seja tratada entre comandantes e comandados dentro das possibilidades do comum acordo. Quem ganhará com isso não será apenas o combatente transferido, mas a Instituição ao qual ele serve. Princípio básico de renomados gestores: motivação = resultados. Já sofremos atualmente com a questão do reajuste salarial, imagina se esse quesito também fosse prejudicado!?

Vejo com bons olhos as transferências (ou permutas) e acredito que tudo que venha a agregar profissionalmente seja válido. São os desafios  que movimentam nossas ações e nossas conquistas. O que seríamos de nós, combatentes, sem os desafios? Os guerreiros sabem o que quis dizer, ou estou errada?